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Inserção das mulheres no jornalismo.

Posted by Brincando em Serviço on 17:44


Quanto será que a queima dos sutiãs ajudou na vida das jornalistas?


Maria Josefa foi a primeira brasileira a fundar e editar um jornal: Bellona, em 1833, diretamente de Porto Alegre. Sendo assim a primeira e única jornalista inserida num meio até então exclusivo de homens, dando assim um gostinho do poder do tão falado sexo frágil.

Mas, como sempre, esse feito não foi tão valorizado quanto às delícias preparadas pelas mulheres na cozinha, e o machismo, para variar, falou mais alto, desvalorizando a conquista.

Sim, claro muita coisa mudou até hoje, as mulheres conseguiram um grande espaço nas redações. Tudo o que se conquistou é fruto de um árduo processo, onde as jornalistas recebiam um tratamento muitas vezes hostil dos seus chefes. Os anos de ditadura refletiram clara e negativamente, é lógico, no trabalho feminino.

Depois se acreditava no valor do estereótipo da mulher na redação, que enchia os olhos dos machistas de plantão, e mais uma vez deixavam para segundo plano o empenho e o trabalho realizado por elas.

Essa perseguição as ‘saias jornalísticas’ foi bem amenizada na década de 90, quando todos foram se tornando mais maleáveis, e deixaram de certa forma de acreditar na inventada diferença de habilidades entre homens e mulheres e começaram a aceitar que a diferença existe sim, mas entre pessoas e pessoas.

Quanto ao público alvo feminino, é um desproposito usarem receitas fabulosas para chamar atenção das mulheres, as pernas dos jogadores, o bolso dos políticos, também são assuntos muito interessantes. Enfim, de uma forma ou de outra, são diversos os assuntos de interesse feminino.

5 Comments


A idéia proposta pelo blog de vocês é bem interessante. Até o momento os temas abordados foram bastante peculiares e, apesar de discordar em alguns pontos, não se pode negar que o próposito de, no mínimo, fazer o leitor rir enquanto se informa foi alcançado. Há, claro, pontos negativos como a ausência de fontes esclarecedoras onde possamos checar ou se aprofundar em determinado assunto (como no caso da postagem "Insercao das mulheres no jornalismo"), mas são detalhes que com o tempo serão incorporados à dinâmica de qualquer blog jornalístico.


GOstei muito da matéria,acho que tem alguns pontos bem interessantes.Desculpem as mulheres,mas pelo menos na questão esportiva muitas das jornalistas não manjam nada.Na verdade,pra mim elas fazem tudo teste do sofá para entrar.Claro que não são todas,mas eu já cheguei a ouvir da Michelle(apresentadora do Mesa Redonda,da tv Gazeta)quando ela foi no Rockgol que a maioria das jornalistas esportivas são tudo por teste do sofá.Inclusive tem uma da rádio bandeirantes que deve ser,já que ela é péssima.
Mulheres,mais uma vez,ressalvo que eu não tenho nada contra.Acho até importante que tenham a participação de vocês,mas os fatos estão ai.


Além de tamanha perplexidade e desgosto em ler um comentário tão pretencioso e leviano a ponto de fazer-me crer ter disperdiçado um minuto mesmo que miseramente precioso de minha vida ao lê-lo, levando em consideração que este tenha partido de um possível futuro jornalista, o qual estuda não apenas na mesma faculdade, mas mesma sala que eu, sinto-me na obrigação de contradizer tal ato medílcre. Por onde começar? Talvez pelo absurdo menos chocante: a generalização. É verdade, a maioria das pessoas não nota que generalizar contextos, rotular ideais ou se apropriar de "achismos" para implicar credibilidade a julgamentos, seja a propagação explícita da preguiça preconceituosa do alterego de pensar a partir da visão crítica. Mas um futuro jornalista? Não seria este um caminho contraditório à profissão? Mas isso ainda é pouco se comparado à pretensão de apontar a opinião como fato citando exemplos que se restringem ao próprio conhecimento ("os fatos estão ai"). Nada do que li me foi passado como verdade. Nem mesmo o comentário de Michelle Giannella, que por sinal, só enfatizou minha desagradável surpresa já que critica profissionais da mesma área.

Caio Latorre (continuação) says:

Erik, acredito que seja verdade o que você aponta quanto ao reconhecimento da maioria das comentaristas de futebol ("Claro que não são todas"). Mas é preciso levar em consideração o espaço feminino, não apenas para comentários de futebol ou aos esportes, mas na mídia como um todo. Não é preciso voltar muito no tempo para lembrar que eram pouquíssimas as mulheres que tinham espaço à opinião e, que as poucas tiveram de literalmente lutar por ela. Acredito que seja possível dizer que o futebol está para o Brasil assim como está o samba, o carnaval, dentre tantas outras "faces" que caracterizam o país nacional e internacionalmente. E dizer que 'futebol é coisa de homem' é tamanho machismo presunçoso e atrasado, maior ainda partindo de alguém que carrega na palavra grandeza tal que considera-se como o 4º Poder. A jornalista Renata Fan pode ser apenas mais um rostinho bonito do "teste do sofá" (apesar de que o mínimo que ela sabe não é pouco), mas o que falta, não só a ela como a todas as mulheres comentaristas de futebol em questão citadas por você, não é conhecimento, mas sim, grandeza intelectual do público aberto ao que é novo. Como esperar alguma coisa de quem não pode contar com o incentivo e no lugar disso são barradas por mínimos que sejam os erros? Até aí, quantos comentaristas (que acredito não precisar mencionar um sequer) são no mínimo arrogantes, presunçosos e que desconhecem a imparcialidade? Sou a totalmente a favor de pessoas, sem generalizar ou rotular. Pessoas dedicadas e que façam as coisas de forma preocupada por seguirem o coração. Apontar erros não corrige nem melhora. É fácil ter força para argumentar contra. Agora, manifestar-se a favor de mudanças benéficas ninguém quer.
Digo-lhe isso como um conselho para você refletir. Desculpe se peguei pesado, mas você também não colocou na balança a dimensão das palavras ao opinar.


Eu estou fazendo a minha monografia sobre a inserção da mulher no jornalismo esportivo no Brasil. Com as entrevistas que fiz com profissionais do meio, nenhum disse que esta insatisfeito com o trabalho que as mulheres estão fazndo no jornalismo esportivo. Estamos no século xxI,as mulheres conquistaram muitas coisas...e problema de alguns homens nao generalizando é que eles nao aceitam perder o seus espaços para o sexo feminino.

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