Inserção das mulheres no jornalismo.
Maria Josefa foi a primeira brasileira a fundar e editar um jornal: Bellona, em 1833, diretamente de Porto Alegre. Sendo assim a primeira e única jornalista inserida num meio até então exclusivo de homens, dando assim um gostinho do poder do tão falado sexo frágil.
Mas, como sempre, esse feito não foi tão valorizado quanto às delícias preparadas pelas mulheres na cozinha, e o machismo, para variar, falou mais alto, desvalorizando a conquista.
Sim, claro muita coisa mudou até hoje, as mulheres conseguiram um grande espaço nas redações. Tudo o que se conquistou é fruto de um árduo processo, onde as jornalistas recebiam um tratamento muitas vezes hostil dos seus chefes. Os anos de ditadura refletiram clara e negativamente, é lógico, no trabalho feminino.
Depois se acreditava no valor do estereótipo da mulher na redação, que enchia os olhos dos machistas de plantão, e mais uma vez deixavam para segundo plano o empenho e o trabalho realizado por elas.
Essa perseguição as ‘saias jornalísticas’ foi bem amenizada na década de 90, quando todos foram se tornando mais maleáveis, e deixaram de certa forma de acreditar na inventada diferença de habilidades entre homens e mulheres e começaram a aceitar que a diferença existe sim, mas entre pessoas e pessoas.
Quanto ao público alvo feminino, é um desproposito usarem receitas fabulosas para chamar atenção das mulheres, as pernas dos jogadores, o bolso dos políticos, também são assuntos muito interessantes. Enfim, de uma forma ou de outra, são diversos os assuntos de interesse feminino.